De forma fisiológica, o organismo excreta diferentes tipos de cristais (de oxalato, estruvita, etc.) por meio da urina. No entanto, quando as características da urina mudam, esses cristais tendem a se agrupar e formar cálculos nas vias urinárias. A presença desses cálculos (ou pedras) nas vias urinárias é conhecida como urolitíase.
Os cálculos urinários podem ser compostos por diferentes tipos de cristais, e isso deve ser cuidadosamente considerado no tratamento da urolitíase, pois, dependendo da composição dos cálculos, será necessário modificar o pH da urina em uma direção ou outra para poder dissolvê-los. Por exemplo, para dissolver cálculos de estruvita, é preciso acidificar a urina, enquanto para dissolver cálculos de cistina, é necessário alcalinizar a urina.
Frequentemente, o tratamento da urolitíase exige intervenção farmacológica ou até mesmo cirúrgica, embora também existam alguns remédios caseiros que podem ajudar a dissolver os cálculos urinários. Se você deseja conhecer alguns remédios caseiros para pedras na bexiga em cães, acompanhe-nos neste artigo do PeritoAnimal, no qual falaremos sobre os métodos mais eficazes.
Aumentar a ingestão de água
Uma forma de prevenir a formação de pedras na bexiga em cães é incentivar o consumo de água. O aumento da ingestão de água eleva o volume de urina produzido, o que reduz a concentração de minerais que podem formar cristais (como cálcio, oxalato, ácido úrico ou fosfatos).
Ao diminuir a saturação desses cristais na urina, também reduz-se a possibilidade de que eles formem cálculos. Por isso, é fundamental estimular o consumo de água em animais com urolitíase. Para isso, podemos adotar diversas estratégias:
- Adicionar água ou caldo (de carne, frango ou legumes) à ração seca.
- Substituir a ração seca por alimento úmido.
- Oferecer uma alimentação caseira, já que possui um percentual de umidade consideravelmente maior do que a ração seca.
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Prevenir a obesidade
A obesidade em cães está associada a um maior risco de urolitíase. Isso ocorre devido a diversos fatores:
- Animais obesos costumam apresentar alterações no metabolismo do cálcio e do ácido úrico, o que pode aumentar a formação de cristais na urina.
- Cães obesos também são mais propensos à desidratação, o que reduz a quantidade de água disponível na urina, favorecendo a agregação de cristais e a formação de cálculos.
- A obesidade pode induzir um estado de inflamação crônica no organismo, afetando diversos sistemas, inclusive o sistema urinário.
- Além disso, cães obesos geralmente possuem uma dieta desequilibrada em relação às proteínas e minerais, o que também pode favorecer a formação de urólitos.
Por esse motivo, é fundamental prevenir a obesidade em cães com predisposição à urolitíase ou, no caso de animais que já estão acima do peso, incentivar a perda de peso para evitar o agravamento do quadro. Para isso, é importante:
- Estimular a prática diária de exercícios.
- Oferecer uma dieta equilibrada, com valor energético ajustado às necessidades do animal.
Incentivar o exercício físico
A falta de exercício também é um fator de risco para o desenvolvimento de urolitíase. Isso ocorre porque cães que realizam pouca atividade física apresentam uma menor frequência de micção, e urinar com menos frequência pode fazer com que os cristais presentes na urina se concentrem e formem cálculos.
Além disso, a falta de exercício também prejudica a circulação e reduz o fluxo sanguíneo para os rins, o que favorece o acúmulo de resíduos na urina, criando um ambiente propício para a formação de cálculos.
Por esse motivo, é importante incentivar a prática de exercícios físicos para prevenir a formação de pedras na bexiga em cães. Não é necessário realizar atividades físicas extenuantes, mas sim exercícios leves e regulares (duas ou três caminhadas diárias de 20 minutos) para estimular a micção frequente, melhorar a circulação sanguínea e reduzir o risco de obesidade.
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Manejo dietético
Os cálculos urinários podem ser compostos por diferentes tipos de cristais (oxalato de cálcio, estruvita, cistina, urato, etc.). A composição específica dos cálculos é um fator fundamental a ser considerado no tratamento da urolitíase, pois, dependendo dessa composição dos cálculos, será necessário modificar o pH da urina para dissolvê-los.
Por exemplo, para dissolver cálculos de estruvita, é preciso acidificar a urina, enquanto para dissolver cálculos de cistina, é necessário alcalinizar a urina.
Uma das estratégias para alterar o pH urinário é o manejo dietético. Para elaborar a alimentação de cães com pedras na bexiga, devem ser considerados diversos aspectos importantes:
- Como o pH da urina deve ser modificado, já que, conforme a composição do cálculo, em alguns casos será necessário acidificar a urina e, em outros, alcalinizá-la.
- Formular cuidadosamente a dieta, pois uma alteração inadequada do pH urinário pode agravar o problema ou causar a formação de outro tipo de cálculo.
- Verificar se há administração simultânea de medicamentos acidificantes ou alcalinizantes, pois muitas vezes é contraindicado combinar o tratamento dietético com o farmacológico.
Portanto, é essencial que, se o seu cão apresentar problemas de urolitíase, você consulte o veterinário de confiança para definir a dieta mais adequada para o seu pet. Um manejo dietético incorreto pode piorar a situação. No entanto, como orientação geral, é importante destacar:
- As dietas acidificantes (para reduzir o pH urinário) devem ser ricas em proteína animal, especialmente carnes magras. Além disso, é recomendado que apresentem baixos níveis de magnésio e cálcio.
- Por outro lado, nas dietas alcalinizantes (para aumentar o pH urinário), deve-se reduzir as fontes de proteína animal e aumentar a proporção de carboidratos complexos (como grãos e vegetais).
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Este artigo é meramente informativo, no PeritoAnimal.com.br não temos capacidade para receitar tratamentos veterinários nem realizar nenhum tipo de diagnóstico. Sugerimos-lhe que leve o seu animal de estimação ao veterinário no caso de apresentar qualquer tipo de condição ou mal-estar.
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