É uma grande preocupação para os tutores quando os gatos param de comer. Não é de surpreender, pois pode indicar que ele está sofrendo de alguma doença. Outras vezes, ele se recusa a comer por outros motivos, como uma comida de que não gosta ou um pote em um local inadequado. Por tudo isso, é importante destacar, antes de mais nada, que se suspeitarmos que o gato pode estar doente, é preciso levá-lo ao veterinário. Se notarmos que ele não come e apresenta outros sinais clínicos, como estar mais apático, vomitar, urinar mais ou menos, etc., antes de experimentar remédios como os que comentaremos, a recomendação é procurar o veterinário.
Uma vez descoberta a causa, podemos estimular o animal a comer por meio de diferentes técnicas, sempre com a aprovação do médico veterinário. No seguinte artigo do PeritoAnimal, falamos sobre remédio caseiro para abrir apetite de gato. Confira!
1. Ração úmida
Se você está se perguntando o que dar a um gato que não quer comer, por qualquer motivo, a primeira dica é oferecer ração úmida. Em geral, são fórmulas de comida muito variadas, que são muito apetitosas para eles, além de muito nutritivas e hidratantes. Da mesma forma, são ricas em proteínas, pobres em gorduras e contêm vitaminas e minerais adicionados. Não contêm subprodutos, cereais, aditivos ou conservantes artificiais. Saiba qual escolher em nosso artigo "Ração úmida para gatos: melhores marcas e receitas caseiras".
A ração úmida é um pilar fundamental na alimentação de qualquer gato porque, naturalmente, eles são animais que tendem a beber pouca água. No entanto, quando falamos de um gato que não quer comer, é ainda mais importante, pois, como dissemos, costuma ser muito mais apetitosa e, portanto, ideal para fazê-lo comer. Sem dúvida, é o remédio caseiro para abrir apetite de gato que você deve tentar primeiro.
2. Sua comida favorita
Outra opção quando notamos que o gato não come ou come menos do que o habitual é oferecer a ele sua comida favorita. Por exemplo, atum, frango, sardinha, peru, anchovas ou qualquer outro alimento que o motive, já que as preferências dos gatos são muito diversas.
Logicamente, essa oferta é pontual, pois dar a ele exclusivamente um único alimento não seria uma dieta equilibrada para manter a longo prazo. Pode servir para abrir seu apetite e estimulá-lo a comer, por exemplo, quando ele está se recuperando de uma doença ou acabou de ser operado.
Se você acabou de adotar um gatinho que não quer comer e ainda não sabe como alimentá-lo, contamos tudo aqui: "O que os gatos comem?".
3. Esquentar a ração
Outro dos melhores remédios para gatos que não querem comer é algo tão simples quanto esquentar a ração dele, mas por quê? O olfato é muito importante para os gatos. Por esse motivo, quando esquentamos a comida, ela pode se tornar mais atrativa para ele, já que libera mais odor. Entretanto, devemos esquentá-la apenas um pouco e, antes de dar a ele, garantir que não está quente demais (o que poderia causar uma rejeição ainda maior à ração).
4. Amolecer a ração
Outras vezes, o problema está na textura. Para alguns gatos, como os muito novinhos que estão no período de desmame ou os mais idosos que podem ter problemas bucais, a ração seca é dura demais e, embora tentem comer, não conseguem.
Nesses casos, podemos notar que nosso gato cheira a comida, mas não come. Se esse for o problema, podemos umedecer a ração com água morna ou caldos, de preferência caseiros, sem sal, gorduras ou aditivos. Colocamos sobre a ração e deixamos por alguns minutos até que os croquetes absorvam o líquido e amoleçam. Podemos amassá-los com um garfo para formar uma espécie de papa.
5. Alimentar com seringa
Esta opção pode ser considerada em gatos que estão doentes ou se recuperando de algum problema de saúde e têm dificuldades para comer normalmente. Ou seja, se notarmos que nosso gato não come em um dia, não devemos forçá-lo com uma seringa, e sim experimentar as alternativas já mencionadas.
Normalmente, usa-se uma seringa (sem agulha!) para dar ração enlatada especial para gatos convalescentes. Elas têm uma textura muito suave e, ao adicionar uma pequena quantidade de água, transformam-se em uma papa que pode ser administrada por meio da seringa.
Essa alimentação é dada colocando a seringa na lateral da boca, especificamente no espaço atrás do dente canino, e administrando apenas um pouco da papa. É preciso deixar o gato engolir antes de dar mais e não é recomendado forçá-lo demais. Se não conseguirmos que ele coma, mesmo que pequenas quantidades, devemos chamar o veterinário.
6. Cuidar do ambiente
Os gatos são animais muito sensíveis a mudanças. Se a hora de comer é problemática porque o pote de comida está em um local inadequado, como perto da caixa de areia, há outros animais que incomodam, o ambiente é estressante, etc., é fácil que eles parem de comer ou comam menos.
Além disso, a temperatura também influencia. Quando está muito calor, é comum que o apetite dos gatos diminua. Por todos esses motivos, é importante oferecermos a eles um espaço tranquilo para comer, alimentá-los no mesmo horário, evitar os horários de maior calor e tentar manter a casa em uma temperatura agradável.
7. Monitorar a higiene e a disposição dos comedouros
Assim como se estressam com facilidade, os gatos também costumam ser muito criteriosos com a higiene. Muitos não usam uma caixa de areia suja nem comem em um pote que não está bem limpo. Por esse motivo, é importante jogar fora os restos de comida que eles deixarem e lavar os potes com frequência.
Em relação aos potes de comida, é importante colocá-los em um local confortável para o gato, onde ele possa comer tranquilo, longe da água e da caixa de areia. As características dos próprios potes também são fundamentais: devem permitir que o gato acesse a comida com conforto, sem que os bigotes encostem nas bordas.
Além disso, alguns gatos, principalmente os mais idosos com desconfortos e dificuldades de mobilidade, podem se beneficiar de ter o pote de comida um pouco elevado do chão, para não ter que se abaixar tanto para comer. Existem potes elevados e ergonômicos, que seriam de grande ajuda nesses casos.
8. Evitar dar sobras ou comida humana
Às vezes, algumas pessoas reclamam que seus gatos não comem, embora essa não seja a realidade. Elas querem dizer que os gatos não comem sua ração própria. Todavia, estão dando a eles sobras de comida ou todo tipo de alimentos comuns nas despensas humanas, como presunto, queijinho, peito de peru, atum, etc. Embora pareçam pequenas quantidades para os tutores, a verdade é que, para o tamanho dos gatos, elas representam quase a totalidade do que eles deveriam comer no dia. Por isso, eles não comem a ração. Além disso, alguns gatos, como sabem que receberão seu alimento favorito se não comerem a ração, recusam-se a comer e esperam.
Esse tipo de alimentação não é aconselhável porque não é equilibrada. Devemos encontrar uma dieta adequada para o gato e fornecê-la nas quantidades corretas de acordo com suas características, limitando os agrados a momentos específicos. Essa dieta pode ser comercial ou caseira, mas, neste último caso, sempre seguindo as recomendações de um especialista em nutrição felina.
9. Preparar pequenas porções
É importante controlarmos a quantidade de comida que damos ao gato diariamente. Se nos limitarmos a encher o pote com ração seca, na verdade, não saberemos se o gato não está comendo ou se está apenas deixando um excedente.
Por esse motivo, a recomendação é estabelecer a quantidade diária adequada às características do gato, de acordo com sua idade, peso, nível de atividade física, tipo de comida, etc. Em gatos sem apetite, é mais adequado não oferecer toda a ração de uma vez, mas sim dividi-la em várias porções pequenas ao longo do dia.
10. Estimular a atividade
Os gatos são animais inteligentes que precisam de estímulos, também mentalmente. Precisam de desafios e medidas de enriquecimento ambiental que lhes permitam desenvolver em casa todos os comportamentos que lhes são naturais, como arranhar, escalar, esconder-se, saltar, etc. Nesta linha, um dos melhores remédios caseiros para gatos que não querem comer é recorrer a brincadeiras em que eles tenham que procurar sua comida, pois isso pode ser um incentivo para que se animem a comer. Existem comedouros antiansiedade, também chamados de comedouros lentos, que podem funcionar muito bem nestes casos.
11. Voltar para a ração anterior
Às vezes, o problema do gato com a comida está no fato de termos trocado sua alimentação por qualquer motivo, como não encontrar a ração de sempre, querer mudar para outra por questões econômicas ou de qualidade, ou ter sido diagnosticado com uma doença que requer uma dieta específica.
Se fizermos a mudança de forma brusca, principalmente, o resultado pode ser muito negativo. Se não conseguirmos reverter a situação, não haverá outra solução a não ser voltar à alimentação anterior.
12. Seguir as orientações de introdução alimentar
Em relação ao ponto anterior, sempre que, por alguma circunstância, tivermos que modificar a dieta do gato, a recomendação é fazer isso gradualmente. Isso significa que devemos começar dando uma pequena quantidade da comida nova misturada com a antiga e ir aumentando essa quantidade mínima, dia após dia, até conseguirmos que toda a ração seja do novo alimento.
É muito importante nunca fazer mudanças bruscas de alimentação, não apenas para prevenir a rejeição, mas também para evitar que ocorram problemas gastrointestinais, como fezes amolecidas ou diarreia. É importante saber que haverá alguns gatos para os quais será impossível trocar de alimento.
13. Dar produtos ou medicamentos para abrir o apetite
O último dos remédios para gatos que não querem comer é recorrer à farmácia. Se nenhuma das medidas anteriores funcionar, existem alguns produtos com efeito estimulante que poderiam ser oferecidos ao gato para incentivá-lo a comer. Alguns são naturais, outros são medicamentos, mas, em qualquer caso, devemos sempre seguir a recomendação do veterinário antes de começar a administrá-los.
Se pretende ler mais artigos parecidos a Remédio caseiro para abrir apetite de gato, recomendamos que entre na nossa categoria de Problemas de alimentação.