Por que o urso panda está em perigo de extinção?

A população atual do urso panda gigante foi estimada em 1.864 indivíduos, sem contar indivíduos com menos de um ano e meio de idade. No entanto, se levarmos em conta apenas os indivíduos adultos que são capazes de se reproduzir, a população cairia para menos de 1.000 indivíduos.

Por outro lado, a população de pandas está fragmentada em subpopulações. Estas subpopulações são isoladas ao longo de várias montanhas na China, e o grau de conectividade entre elas e o número exato de indivíduos que compõem cada uma das subpopulações é desconhecido.

De acordo com uma pesquisa realizada pela Administração Florestal do Estado em 2015, o declínio da população se deteve e parece estar começando a aumentar. A razão pela qual esta estabilização da população ocorreu é o pequeno aumento no habitat disponível, o aumento da proteção da floresta, além das ações de reflorestamento.

Embora a população pareça estar aumentando, com a aceleração das mudanças climáticas, cerca de metade das florestas de bambu serão perdidas nos próximos anos e, portanto, a população de pandas tornará a diminuir. O governo Chinês não para de lutar para conservar esta espécie e seu habitat. Parece que o estado de conservação da espécie melhorou nos últimos anos, mas é necessário continuar trabalhando para manter e aumentar o apoio e assim, garantir a sobrevivência desta espécie emblemática.

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Há um tempo atrás, o panda gigante se distribuía por toda a China, habitando até mesmo certas regiões do Vietnã e da Birmânia. Atualmente, está restringido a certas regiões montanhosas de Wanglang, Huanglong, Baima e Wujiao. Como outros animais em perigo de extinção, não há uma razão única para o declínio do urso panda. Esta espécie está sendo ameaçada por:

Ações humanas, fragmentação e perda de habitat

A construção de estradas, represas, minas e outras infraestruturas criadas por seres humanos é uma das principais ameaças sofridas pelas diversas populações de pandas. Todos esses projetos aumentam a fragmentação do habitat, distanciando cada vez mais as populações umas das outras.

Por outro lado, o aumento do turismo insustentável em determinadas áreas pode afetar negativamente os pandas. A presença de animais domésticos e gado, além de danificar o habitat em si, também pode trazer doenças e patógenos que podem afetar a saúde dos pandas.

Perda de variabilidade genética

A perda contínua de habitats, incluindo o desmatamento, teve um efeito sobre as populações de pandas gigantes. Esse habitat fragmentado levou à separação de grandes populações, resultando em populações isoladas com um pequeno número de indivíduos.

Estudos genômicos mostraram que a variabilidade genômica do panda é ampla, mas se as trocas entre populações continuarem a reduzir devido à falta de conectividade, a variabilidade genética de pequenas populações pode ser comprometida, aumentando sua vulnerabilidade à extinção.

Mudanças climáticas

A principal fonte de alimento para os pandas é o bambu. Esta planta tem um florescimento síncrono característico que causa a morte de todo o bloco de bambu a cada 15 ou 100 anos. No passado, quando uma floresta de bambu morria naturalmente, os pandas podiam facilmente migrar para uma nova floresta. Essas migrações não podem ser feitas agora, porque não há conectividade entre as diferentes florestas e algumas populações de pandas correm o risco de morrer de fome quando sua floresta de bambu florescer. O bambu, além disso, também está sendo afetado pelo aumento do efeito estufa, alguns estudos científicos preveem perdas na população de bambu de entre 37% a 100% até o final deste século.

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O panda gigante é uma das espécies para as quais mais ações foram realizadas a fim de melhorar seu estado de conservação. Abaixo, listaremos algumas dessas ações:

• Em 1981, a China se incorporou à Convenção sobre o Comércio Internacional das Espécies em Perigo (CITES), o que tornou o comércio deste animal ou de qualquer parte de seu corpo ilegal;
• A publicação da Lei de Proteção da Natureza em 1988, ilegalizou a caça furtiva desta espécie;
• Em 1992, o Projeto Nacional de Conservação do Panda Gigante lançou um plano de conservação, estabelecendo o sistema de reserva dos pandas. Atualmente, há 67 reservas;
• A partir de 1992, o governo Chinês alocou parte do orçamento para criar infraestruturas e treinar a equipe das reservas. Estabeleceu vigilância para combater a caça ilegal, controlou as atividades humanas dentro das reservas e até realocou assentamentos humanos para fora da área de reserva;
• Em 1997, o Programa de Conservação de Florestas Naturais para mitigar os efeitos das inundações na população humana teve um impacto positivo sobre os pandas, uma vez que a extração massiva de árvores no habitat dos pandas foi proibida;
• Nesse mesmo ano nasceu o Programa Grano a Verde, no qual os próprios agricultores reflorestaram áreas de encostas erodidas nas regiões habitadas pelo panda;
• Outra estratégia tem sido a criação de pandas em cativeiro para posteriormente reintroduzi-los na natureza, a fim de aumentar a variabilidade genética das espécies nas subpopulações mais isoladas.

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