Melatonina para cachorro: doses e usos

A melatonina para cães é um hormônio natural produzido na glândula pineal, responsável por regular os ciclos de sono e vigília, além de cumprir outras funções biológicas relacionadas ao ritmo circadiano. Na medicina veterinária, também é utilizada como suplemento para tratar diversos problemas de saúde em nossos companheiros caninos, especialmente alguns distúrbios hormonais ou dermatológicos, assim como para o manejo do estresse e da ansiedade. Geralmente, é administrada por via oral em cápsulas ou comprimidos, e seu uso deve ser supervisionado por um veterinário, que ajustará a dose conforme as características particulares do cachorro e o problema a ser tratado.

A melatonina não só regula os ciclos de sono e vigília, mas também tem efeitos sobre os sistemas nervoso e endócrino. No entanto, o uso mais comum desse suplemento em nossos cães é para melhorar o descanso ou corrigir alterações do sono, especialmente em cães mais velhos ou com insônia. Também é amplamente utilizada por seu efeito ansiolítico e calmante, em casos de ansiedade de separação, estresse ou fobias a barulhos. Graças à sua influência no crescimento do pelo e na regulação hormonal, também pode ser usada no tratamento da alopecia e como complemento em cães com hiperadrenocorticismo ou síndrome de Cushing.

Cachorro dorme com melatonina?

Não, a melatonina não age como sedativo nem induz um sono profundo, mas ajuda nossos cães a relaxarem e encontrarem o sono com mais facilidade. Assim, melhora a qualidade do sono ao regular o ritmo circadiano, fazendo com que o cachorro reconheça quando é hora de dormir.

A melatonina é segura para filhotes ou cães idosos?

Sim, a melatonina é totalmente segura para cães mais jovens ou mais velhos, desde que usada nas doses adequadas, assim como ocorre com cães de meia-idade. Em filhotes, costuma ser usada mais para o manejo da ansiedade e a regulação do sono nas fases de adaptação, enquanto em cães idosos serve para melhorar o descanso e lidar com problemas de saúde relacionados ao envelhecimento.

Como mencionamos, a melatonina em cães é usada principalmente para regular os ciclos de sono e vigília e para acalmar a ansiedade e o estresse, graças aos seus efeitos relaxantes e ansiolíticos. Ela também favorece o crescimento do pelo, especialmente em casos de alopecia sazonal relacionada à luz, e age como regulador hormonal, principalmente na produção de cortisol. Além disso, pode ser usada como antioxidante e imunomodulador, ajudando a reduzir o impacto do estresse oxidativo nos cães e fortalecendo seu sistema imunológico.

Pode-se usar melatonina em cachorros com ansiedade ou insônia?

Sim, a melatonina pode ser usada em cães com ansiedade ou insônia devido ao seu efeito relaxante e ansiolítico, assim como pela sua capacidade de regular o ciclo sono-vigília. Ela é especialmente útil em cães com ansiedade de separação, medo de barulhos como trovões ou fogos de artifício, e naqueles que têm dificuldade para dormir.

Se o seu cão tem ansiedade de separação, recomendamos este artigo: "Ansiedade de separação em cachorros".

Melatonina para cães com alopecia funciona?

A melatonina pode ser útil em nossos companheiros caninos que sofrem de alopecia sazonal relacionada a mudanças de luz e estações, ajudando a regular os ciclos naturais de crescimento do pelo e favorecendo a recuperação dos pelos nos cães afetados.

Pode-se usar melatonina em cachorros com epilepsia?

Por ter um efeito regulador sobre o sistema nervoso e o ciclo do sono, a melatonina pode ser usada em cães com epilepsia como complemento ao tratamento prescrito, pois pode reduzir o estresse e regular o sistema nervoso, ajudando a diminuir a ocorrência de crises.

Em geral, a dose varia entre 1 e 6 mg de melatonina por dia, por via oral, dependendo do tamanho, idade, peso e problema a ser tratado. Ela deve ser indicada e determinada por um veterinário, levando em conta esses critérios. Normalmente, doses de 1 a 2 mg são usadas em cães pequenos ou com problemas leves, enquanto doses mais altas, a partir de 3 ou 4 mg diários, são reservadas para cães maiores. A melatonina é geralmente administrada cerca de 30 minutos antes de dormir, ou antes de uma situação que possa causar estresse no cão.

É importante escolher uma melatonina comercializada especificamente para cães ou de uso veterinário, pois ela é formulada com a dosagem adequada e livre de substâncias ou ingredientes potencialmente tóxicos para eles, como adoçantes, especialmente o xilitol, muito comum em produtos para humanos. No entanto, em alguns casos, suplementos de melatonina para humanos podem ser usados, desde que indicados pelo veterinário. Nesses casos, devem ser evitados produtos com ingredientes tóxicos e os de liberação prolongada, pois podem alterar o efeito esperado em cães. Apenas os de liberação rápida são indicados.

A melatonina é administrada por via oral, na forma de comprimidos, cápsulas ou petiscos mastigáveis desenvolvidas para uso veterinário. A melhor maneira de garantir que o cachorro ingira a melatonina é colocando-a diretamente na boca e verificando se ele engoliu, ou escondendo-a em uma comida macia que ele goste muito. A administração por meio de petiscos mastigáveis geralmente é mais fácil, pois são atraentes e bem aceitas pela maioria dos cães, facilitando a ingestão.

A melatonina em cães costuma começar a fazer efeito entre 30 minutos e uma hora após a administração, já que esse é o tempo necessário para ser absorvida pelo trato digestivo do nosso companheiro canino e começar a agir sobre o sistema nervoso central, regulando o ciclo do sono e promovendo o relaxamento.

Não há um tempo máximo estabelecido para a duração do tratamento com melatonina em cães, pois isso dependerá da condição a ser tratada, da resposta do animal, da gravidade, da frequência com que os problemas aparecem e de sua duração. Enquanto em casos de estresse pontuais a administração da melatonina também é ocasional, em problemas de controle do sono ou doenças o tratamento pode ser mais prolongado, embora nunca se recomende o uso indefinido. O veterinário irá ajustando a dose ou suspendendo quando possível, para evitar dependência do hormônio e prevenir efeitos colaterais.

A melatonina é segura quando administrada nas doses adequadas, mas, se usada em excesso, em doses inadequadas ou sem supervisão veterinária, podem surgir efeitos colaterais como:

• Sonolência excessiva;
• Distúrbios digestivos como diarreia, vômitos e desconforto estomacal;
• Mudanças de comportamento, como irritabilidade ou confusão.

A melatonina, assim como outros princípios ativos, também apresenta contraindicações. No caso do tratamento em cães, destacam-se:

• Não administrar em cães com alergia ou hipersensibilidade conhecida ao hormônio;
• Não usar em cães com problemas hormonais graves;
• Não utilizar em cadelas lactantes ou gestantes;
• Não usar em cães em tratamento com medicamentos imunossupressores, anticoagulantes ou em terapias hormonais, devido a possíveis interações;
• Usar com cautela em cães com doenças autoimunes ou câncer, por seu potencial de modular o sistema imunológico.

Este artigo é meramente informativo, no PeritoAnimal.com.br não temos capacidade para receitar tratamentos veterinários nem realizar nenhum tipo de diagnóstico. Sugerimos-lhe que leve o seu animal de estimação ao veterinário no caso de apresentar qualquer tipo de condição ou mal-estar.

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