Gato com dor na parte traseira: causas e o que fazer?

A dor pode ser considerada como o quarto sinal vital, sendo de grande importância, pois pode desencadear grandes transtornos para a saúde do gato. Saber que um animal está com dor não é uma tarefa fácil, pois eles não possuem meios de verbalizar seu desconforto. A observação do comportamento individual ajuda bastante na identificação dos estados dolorosos nos gatos. O tratamento da dor nos bichanos foi negligenciado durante anos, sendo consequência da carência de escalas validadas para a mensuração de dor nessa espécie, diferentemente do que aconteceu com os cães.

A maioria dos gatos é bem resistente à dor, manifestando algumas alterações de comportamento sutis, como apatia, perda de apetite, tendência a se isolar e deitar sobre os braços com o nariz encostado no chão. Sinais mais claros podem surgir, dependendo da intensidade da dor, como vocalização, lambedura excessiva no local da injúria ou ainda redução do comportamento de higiene e agressividade. Alterações na expressão facial e na postura também podem ser indicativas de dor. Essas incluem testa franzida, olhos apertados, cabeça pendurada e suspensa e abdômen tenso. Uma observação muito valiosa é o estado da pelagem, que fica mal cuidada, com aspecto oleoso e sujo, pois o gato não consegue se limpar por causa da dor.

Um sistema de pontuação que interpreta as mudanças na expressão facial dos gatos tem ajudado a fornecer aos veterinários orientações sobre o nível de dor na espécie. Conhecida como “Feline Grimace Scale”, ou Escala Grimace, esse método categoriza e testa cinco unidades de ação facial indicativas de dor em gatos: posição da orelha, aperto dos olhos, tensão do focinho, posição do bigode e posição da cabeça. Com esse sistema, o médico veterinário consegue mensurar o nível de dor que o bichano está sentindo e ajudá-lo da melhor forma possível.

• Lesões de coluna: vários tipos de lesões na coluna vertebral podem fazer com que o gato tenha dificuldades para andar, dependendo da sua gravidade. Um detalhe muito importante nesses casos é que não se deve forçar o animal a caminhar ou movimentar suas pernas sem antes saber o que aconteceu, pois isso pode agravar e lesão e deixar o gato sem caminhar para sempre.
• Diabetes: a doença pode afetar o funcionamento dos nervos, causando a neuropatia diabética, afetando os nervos das patas traseiras devido aos altos níveis de glicose no sangue por muito tempo.
• Lesões no joelho: rupturas de ligamentos, artrite e artrose podem causar muita dor no gato, fazendo com que ele tenha dificuldades para caminhar. É mais comum em animais idosos, mas nada impede que gatos jovens sejam afetados.
• Doenças renais: problemas como cálculos renais, insuficiência renal e outros podem causar muita dor no gato, fazendo com que ele evite caminhar e fazer suas atividades diárias. Além desse sintoma, o animal pode apresentar apatia, anorexia, vômitos e micção em lugares incomuns.

Para identificar a causa da dor, será necessária uma visita ao médico veterinário. Geralmente, as causas necessitarão de exames, como radiografias e até mesmo tomografia e ressonância magnética, além de um exame físico detalhado.

Tentar tratar o bichano em casa pode ser muito perigoso, pois algumas lesões nervosas podem piorar muito com movimentos e tentativas de caminhar.

Este artigo é meramente informativo, no PeritoAnimal.com.br não temos capacidade para receitar tratamentos veterinários nem realizar nenhum tipo de diagnóstico. Sugerimos-lhe que leve o seu animal de estimação ao veterinário no caso de apresentar qualquer tipo de condição ou mal-estar.

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