Epilepsia em cachorros

Epilepsia em cachorros

A epilepsia em cachorros ou epilepsia canina é uma doença que, apesar de ser compatível com a vida do animal, é uma grande preocupação e choque para as pessoas que vivem em casa. Mas não se preocupe, existem muitas pessoas que sofrem o mesmo que você.

Neste artigo do PeritoAnimal vamos explicar-lhe tudo o que precisa para compreender esta doença, o seu tratamento e damos-lhe alguns conselhos básicos para saber como agir durante as crises.

Lembre-se que existem muitos outros cachorros no mundo que sofrem desta doença e que convivem da melhor forma possível com donos como você, continue lutando e siga em frente!

O que é a epilepsia canina?

A epilepsia é uma doença neuronal que ocorre quando no cérebro há uma atividade eletroquímica exagerada e descontrolada.

Devemos ter claro que no cérebro dos cachorros, assim como no dos humanos, as funções realizam-se por estímulos elétricos que vão de uma neurona a outra. No caso da epilepsia estes estímulos elétricos dão-se de forma inadequada, causando uma atividade cerebral fora do normal.

Isto que acontece no cérebro traduz-se também a nível corporal. A atividade eletroquímica que ocorre nas neuronas envia ordens de contração aos músculos, isto é caraterístico dos sintomas de um ataque de epilepsia, onde a atividade muscular é completamente descontrolada e involuntária. Durante a crise também podemos observar outros sintomas como uma salivação excessiva e perda de controle dos esfíncteres.

Causas da epilepsia em cachorros

As causas de um ataque epilético podem ser muitas: tumores, intoxicação, insuficiência hepática, traumatismos, diabetes,...

Mas a causa da epilepsia (não de uma crise secundária a outro problema) é sempre hereditária. Não é apenas uma doença hereditária como também afeta especialmente certas raças como por exemplo o Pastor Alemão, São Bernardo, Beagle, Setter, Caniche, Dachshund e Basset Hound.

No entanto, também pode afetar outras raças. O aparecimento da primeira crise de epilepsia ocorre aproximadamente entre os 6 meses e os 5 anos.

O que fazer durante um ataque epilético

Uma crise dura aproximadamente entre 1 ou 2 minutos, apesar de para a família humana do animal poder parecer uma eternidade. É muito importante que saiba que sob qualquer circunstância deve tentar puxar-lhe a língua para fora, pois poderia mordê-la.

Deve colocar o animal sobre uma superfície confortável, como por exemplo uma almofada ou uma cama para cachorros, para não se lesionar ou machucar contra nenhuma superfície. Afaste a sua cama das paredes para não sofrer de nenhum traumatismo.

Depois do ataque o cão estará esgotado e um pouco desorientado, proporcione-lhe ao máximo descanso e recuperação. Muitas vezes os donos do animal conseguem perceber que o cachorro vai sofrer de uma crise porque estão mais nervosos, inquietos, com tremores e com dificuldades de coordenação.

Muitas fontes referem que, a epilepsia pode ser um trauma para as crianças que vivem em casa, mas felizmente muitas crises ocorrem durante a noite. No entanto, considera-se conveniente explicar à criança o que está acontecendo com o seu cachorro, ao mesmo tempo que deve deixar claro que não deve sofrer pela vida do animal.

Diagnóstico e tratamento

Como já referimos, uma crise de epilepsia pode corresponder a muitas outras doenças ou tratar-se de uma verdadeira epilepsia. Se o seu pet sofreu de algum ataque deste tipo, leve-o de imediato ao veterinário, apenas ele poderá realizar um diagnóstico adequado.

A epilepsia não representa um perigo para a vida do animal, embora se devam aumentar as precauções para que este não sofra nenhum dano. O tratamento é realizado com medicamentos que diminuem a atividade cerebral, como por exemplo o Fenobarbital e também se pode tratar com relaxantes musculares como o Diazepam.

Donos envolvidos e atentos aos cuidados que um cachorro com epilepsia precisa, é sem dúvida, um fator importante para melhorar a qualidade de vida do animal.

Este artigo é meramente informativo, no PeritoAnimal.com.br não temos capacidade para receitar tratamentos veterinários nem realizar nenhum tipo de diagnóstico. Sugerimos-lhe que leve o seu animal de estimação ao veterinário no caso de apresentar qualquer tipo de condição ou mal-estar.

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