Elefantes asiáticos – Tipos e características

Elefantes asiáticos – Tipos e características

Você conhece o Elephas maximus, nome científico do elefante asiático, o maior mamífero daquele continente? Suas características sempre provocaram atração e fascínio nos seres humanos, o que trouxe consequências terríveis para a espécie devido à caça ilegal. Esses animais pertencem à ordem Proboscidea, família Elephantidae e gênero Elephas.

Quanto à classificação das subespécies, existem opiniões diferentes, porém, alguns autores reconhecem a existência de três, que são: o elefante-indiano, elefante do Sri Lanka e elefante-de-sumatra. O que diferencia cada subespécie, basicamente, são as diferenças na cor da pele e no tamanho de seus corpos. Se você quiser saber mais sobre os elefantes asiáticos - tipos e características, continue lendo este artigo do PeritoAnimal.

Onde o elefante asiático vive?

O elefante asiático é nativo de Bangladesh, Camboja, China, Índia, Indonésia, República Democrática Popular do Laos, Malásia, Mianmar, Nepal, Sri Lanka, Tailândia e Vietnã.

No passado, a espécie podia ser encontrada em um vasto território, desde a Ásia ocidental, passando pela costa iraniana até a Índia, também no Sudeste Asiático e na China. No entanto, ela se extinguiu em muitas áreas onde originalmente habitava, concentrando-se em populações isoladas em 13 estados na área total de sua faixa original. Algumas populações selvagens ainda existem em ilhas na Índia.

Sua distribuição é bastante ampla, assim, o elefante asiático está presente em diversos tipos de habitat, principalmente nas florestas tropicais e em vastas pastagens. Também pode ser encontrado em altitudes diferentes, desde o nível do mar até 3.000 metros acima do nível do mar.

O elefante asiático requer para sua sobrevivência a presença constante de água em seu habitat, que utiliza não só para beber, mas também para tomar banho e relaxar.

Suas áreas de distribuição são bastante amplas devido à sua capacidade de deslocamento, entretanto, as áreas que decidem habitar dependerão da disponibilidade de alimentos e água por um lado, e por outro lado, das transformações que o ecossistema sofre devido às transformações humanas.

Neste outro artigo do PeritoAnimal te contamos quanto pesa um elefante.

Características do elefante asiático

Os elefantes asiáticos têm uma longa vida, podendo viver entre 60 e 70 anos. Estes animais impressionantes podem atingir de 2 a 3,5 metros de altura e mais de 6 metros de comprimento, embora tendam a ser menores do que o elefante africano, pesando até 6 toneladas.

Eles têm uma cabeça grande e, tanto o tronco quanto a cauda são longos, no entanto, as orelhas são menores que as de seus parentes africanos. Quanto às presas, nem todos os indivíduos desta espécie costumam tê-las, especialmente as fêmeas, que geralmente não as têm, enquanto que nos machos elas são longas e grandes.

Sua pele é espessa e bastante seca, tem muito poucos pelos ou simplesmente não possuí-los, e a cor varia entre o cinza e o marrom. Quanto às pernas, as pernas dianteiras têm cinco dedos em forma de cascos, enquanto as pernas traseiras têm quatro dedos.

Apesar de seu grande tamanho e peso, eles são bastante ágeis e confiantes quando se movimentam, além de serem excelentes nadadores. Um traço bem característico do elefante asiático é a presença de apenas um único lóbulo em seu nariz, localizado na extremidade de sua tromba. Entre os elefantes africanos, a finalização da tromba termina com dois lóbulos. Esta estrutura é essencial para alimentar, beber água, cheirar, tocar, fazer sons, lavar, deitar no chão e até mesmo lutar.

Os elefantes asiáticos são mamíferos sociais que tendem a ficar em rebanhos ou clãs, compostos principalmente de fêmeas, com a presença de uma matriarca mais velha e um macho também de idade avançada, além da prole.

Outro aspecto característico destes animais é que eles estão acostumados a viajar longas distâncias a fim de encontrar alimento e abrigo, no entanto, eles tendem a desenvolver uma afinidade por áreas que definem como seu lar.

Tipos de elefantes asiáticos

Os elefantes asiáticos são classificados em três subespécies:

Elefante-indiano (Elephas maximus indicus)

O elefante-indiano tem o maior número de indivíduos das três subespécies. Ela habita principalmente várias áreas da Índia, embora possa ser encontrado em pequenos números fora deste país.

É cinza escuro a marrom, com presença de manchas claras ou rosadas. Seu peso e tamanho são intermediários em comparação com as outras duas subespécies. É um animal muito sociável.

Elefante do Sri Lanka (Elephas maximus maximus)

O elefante do Sri Lanka é o maior dos elefantes asiáticos, pesando até 6 toneladas. É cinza ou cor de carne com manchas pretas ou alaranjadas e quase todas não possuem presas.

Ele está distribuído pelas áreas secas da ilha de Sri Lanka. Segundo estimativas, eles não excedem seis mil indivíduos.

Elefante-de-sumatra (Elephas maximus sumatranus)

O elefante-de-sumatra é o menor do grupo asiático. Ele está profundamente ameaçado de extinção e, se não forem tomadas medidas urgentes, provavelmente esta subespécie será extinta nos próximos anos.

Tem orelhas maiores do que as anteriores, além de um par de costelas extras.

Elefante-pigmeu-de-bornéu, um elefante asiático?

Em alguns casos, o elefante-pigmeu-de-bornéu (Elephas maximus borneensis) é considerado uma quarta subespécie do elefante asiático. Entretanto, vários cientistas rejeitam esta ideia, incluindo este animal dentro da subespécie Elephas maximus indicus ou Elephas maximus sumatranus. Ainda são aguardados resultados de estudos precisos para definir esta diferença.

O que os elefantes asiáticos comem

O elefante asiático é um grande mamífero herbívoro e requer grandes quantidades de alimento por dia. Na verdade, eles geralmente passam mais de 14 horas por dia se alimentando, de modo que podem comer até 150 kg de alimentos. Sua dieta consiste em uma grande variedade de plantas e alguns estudos demonstraram que são capazes de consumir até 80 espécies diferentes de plantas, dependendo do habitat e da época do ano. Assim, eles podem comer uma grande diversidade de alimentos:

  • Plantas lenhosas.
  • Gramíneas.
  • Raízes.
  • Caules.
  • Cascas.

Além disso, os elefantes asiáticos desempenham um papel fundamental na distribuição das plantas nos ecossistemas em que habitam, devido ao fato de dispersarem facilmente grandes quantidades de sementes.

Reprodução do elefante asiático

Os elefantes asiáticos machos geralmente atingem a maturidade sexual entre 10 e 15 anos de idade, enquanto as fêmeas atingem a maturidade sexual mais cedo. Na natureza, as fêmeas geralmente dão à luz entre 13 e 16 anos de idade. Elas possuem períodos de gestação de 22 meses e têm um único filhote, que pode pesar até 100 quilos e geralmente amamentam até os 5 anos de idade, embora nessa idade também possam consumir plantas.

As fêmeas podem engravidar em qualquer época do ano, e sinalizam para os machos sua vontade. Os intervalos de gestação para a fêmea duram entre 4 e 5 anos, porém, na presença de uma alta densidade populacional, este tempo pode ser aumentado.

As crias de elefantes são bastante vulneráveis ao ataque de felinos selvagens, porém, a atuação social desta espécie fica ainda mais clara nestes momentos, em que as mães e avós desempenham um papel fundamental na proteção dos recém-nascidos, principalmente as avós.

Estratégias reprodutivas do elefante asiático

Outra característica comportamental do elefante asiático é que os machos adultos dispersam os machos jovens quando amadurecem sexualmente, embora permaneçam dentro do intervalo definido como lar, os machos jovens tendem então a se separar da manada.

Esta estratégia teria certas vantagens para evitar a reprodução entre indivíduos relacionados (consanguinidade), o que é muito importante para que o fluxo gênico ocorra. Quando uma fêmea está sexualmente madura, os machos se aproximam do rebanho e competem pela reprodução, embora isso não dependa apenas de um macho conquistar os outros, mas também da fêmea o aceitar.

Estado de conservação do elefante asiático

O elefante asiático está extinto no Paquistão, enquanto no Vietnã há uma população estimada de cerca de 100 indivíduos. Em Sumatra e Mianmar, o elefante asiático está criticamente ameaçado de extinção.

Durante anos, os elefantes asiáticos foram mortos para obter seu marfim e pele para amuletos. Além disso, estima-se que muitos elefantes tenham sido envenenados ou eletrocutados até a morte por humanos, a fim de mantê-los longe das moradias dos humanos.

Atualmente, existem certas estratégias que procuram deter o declínio significativo das populações de elefantes asiáticos, porém, elas não parecem ser suficientes devido ao estado de perigo constante que ainda existe para estes animais.

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Bibliografia
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