Doenças mais comuns em bovinos

Doenças mais comuns em bovinos

As doenças que mais comumente acometem bovinos são as de cunho infecto-contagioso, já que muitas delas, além de serem prejudiciais à própria saúde do rebanho afetando o bem-estar animal, são zoonoses, ou seja, doenças que podem ser transmitidas para seres humanos, caso a carne ou o leite daquele animal doente seja consumida. Devido a isto, o PeritoAnimal preparou este artigo sobre as doenças mais comuns em bovinos.

Doenças mais comuns em bovinos de leite e de corte

As doenças infecto-contagiosas em bovinos de leite e de corte são de grande importância veterinária, visto que além de prejudicarem a saúde do animal, são demasiadamente difíceis de serem controladas em rebanhos muito grandes uma vez instaladas, o que pode levar a sérios prejuízos econômicos, já que pode ocorrer óbito precoce destes animais infectados, baixo desenvolvimento metabólico fazendo com que estes animais não cresçam como deveriam, e uma baixa produção de leite no gado leiteiro.

Dentre eles, as doenças que mais acometem o gado leiteiro e o gado de corte são:

  • Mastite, também chamada de mamite.
  • Babesiose ou anaplasmose, popularmente conhecida como Tristeza parasitária bovina.
  • Brucelose
  • Febre aftosa.
  • Tuberculose.
  • Clostridiose.
  • Leptospirose.
  • Doença do casco.
  • Verminoses em geral.

Doenças mais comuns em vacas leiteiras

Em se tratando de rebanhos muito grandes, o ideal é uma medicina veterinária de prevenção, já que o tratamento para o rebanho todo ficaria demasiadamente caro, não compensando o investimento econômico, já que além de ser um número demasiadamente grande de animais, são animais considerados como gado de corte, criados para o consumo humano e animal, e gado de leite, vacas criadas para o abastecimento do mercado leiteiro do Brasil e do mundo.

Entre as doenças mais comuns das vacas, temos:

  • Mastite bovina - É uma doença infeccto-contagiosa causada por bactérias de diversos tipos, que causam uma infecção nas glândulas mamárias da vaca. É de longe, a doença mais importante que acomete vacas leiteiras, por conta da alta incidência e prevalência de casos, visto que acarreta grandes prejuízos econômicos, pois o leite torna-se salgado, na maioria das vezes, com secreção purulenta e cheio de moléculas provenientes da inflamação, devendo ser descartado visto que é totalmente inapropriado ao consumo. Leia o nosso artigo completo sobre a mastite bovina.
  • Babesiose ou Tristeza parasitária bovina - É uma doença causada por um protozoário denominado de Babesia sp. , o qual é transmitido pela picada de carrapatos. A doença, uma vez instalada, é de difícil controle, devido ao custo do tratamento no rebanho, além disso, provoca grande prejuízo econômico prejudicando o desenvolvimento do animal, a produção de leite e dependendo da situação imunológica do animal, até mesmo o óbito.

Conheça os principais sintomas de dor em vacas neste outro artigo.

Doenças pós-parto em vacas

Durante o período de 2 a 3 semanas após o parto deve-se tomar cuidado com doenças do trato reprodutivo das vacas, pois este é o período em que estas se encontram mais suscetíveis e predisposta à doenças, visto que seu sistema imunológico se encontra vulnerável devido ao parto.

Dentre as doenças mais comuns do trato reprodutivo em vacas pós-parto, causadas por infecções bacterianas, e que acometem a maior parte das vacas do rebanho são:

  • Metrite;
  • Endometrite clínica;
  • Secreção vaginal purulenta;
  • Endometrite citológica subclínica.

Estudos ainda vêm sendo realizados referente a esta maior suscetibilidade em vacas pós-parto.

Doenças metabólicas em vacas

A doença metabólica que acomete vacas é chamada de Hipocalcemia ou Hipocalcemia pós-parto, Paresia puerperal, Febre vitular ou ainda Febre do leite. É uma doença metabólica que está associada com a baixa concentração de cálcio no sangue e prejudica o rebanho de vacas leiteiras e vacas pós-parto que estão no início da lactação, ou seja, a produção do leite. O cálcio é extremamente importante para a contração muscular e batimentos cardíacos, e a deficiência de cálcio pode levar a uma disfunção neuromuscular, colapso circulatório e até depressão da consciência.

A causa, apesar de ser complexa, pode ser evitada, por meio da suplementação de minerais e vitaminas essenciais à vaca durante a fase reprodutiva e especialmente após o parto, já que grande porcentagem do cálcio que as vacas possuem no corpo vão para o leite. Como o corpo não consegue repor a porcentagem perdida sozinho, as vacas logo caem após o parto. Outros sinais subclínicos de hipocalcemia pós-parto seriam extremidades frias, tremor muscular da cabeça e membros, tetania, aparência sonolenta e cabeça virada para o flanco, o animal pode deitar-se de barriga para baixo esticando o pescoço.

Doenças reprodutivas em vacas

A Brucelose é uma doença infecto-contagiosa que causa prejuízos econômicos para vacas em período reprodutivo, porém, pode atingir bovinos de todas as idades e de ambos os sexos. A vacinação com a vitamina B12 ainda é a melhor prevenção contra o aborto, porém, ela não imuniza contra o agente causador da doença, portanto uma vez que esteja instalada no rebanho, pode ser de difícil controle, devendo-se ter como medida preventiva, a eliminação dos animais soro-positivos, apesar da doença ter cura, o tratamento torna-se inviável devido aos custos. Além do mais, a Brucelose é uma zoonose, ou seja, a doença pode ser transmitida ao homem.

Em vacas reprodutivas, a Brucelose pode provocar abortamentos, retenção de placenta, metrite, subfertilidade, infertilidade, e caso o feto sobreviva leva ao nascimento de animais fracos e subdesenvolvidos.

Doenças nos cascos das vacas

A doença dos cascos de bovinos é uma das principais doenças que acometem as vacas leiteiras. Ela se deve à uma série de causas, que contribuem para a instalação dos patógenos causadores da doença nas regiões dos cascos, osso, articulação, ligamento e tecidos cutâneo e subcutâneo. Dentre as causas, podemos ter:

  • Dermatite digital.
  • Dermatite interdigital.
  • Flegmão interdigital.
  • Gabarro ou Hiperplasia interdigital.
  • Erosão do talão.
  • Laminite ou Pododermatite asséptica difusa.
  • Pododermatite asséptica localizada.
  • Pododermatite séptica.

Uma dieta rica em carboidrato, falta de apara dos cascos, pisos úmidos e ásperos e falta de higienização do recinto contribuem para o aparecimento da doença, que geralmente se instala devido a uma infecção bacteriana secundária, que se não tratada, pode ocorrer o aparecimento de miíase e uma inflamação generalizada do dígito, que é o casco, e no membro.

Para evitar esse tipo de doença, o gado leiteiro deve receber dieta tamponada, a fim de evitar a acidose ruminal. Deve ser feita a apara anual dos cascos, e durante a secagem do ambiente evitar que os animais pisem em ambientes úmidos, fezes e urina.

Doenças transmitidas pelas vacas

Dentre as doenças infectocontagiosas de maior importância estão aquelas que são zoonoses, ou seja, transmissíveis aos seres humanos. As doenças que podem ser transmitidas pelas vacas são:

  • Brucelose: que pode ser transmitida pelas vacas aos seres humanos por meio de leite não pasteurizado, queijo e produtos derivados do leite, em geral, e ainda, o contato direto com o sangue ou esterco de animais infectados ou doentes.
  • Tuberculose: a doença é causada pela bactéria Micobacterium bovis, e pode ser transmitida pelo ar, ou pela via intestinal, no contato direto com o esterco de animais doentes. Como os sintomas só aparecem em seu estágio final, a doença é difícil de ser diagnosticada, dificultando o tratamento. Os animais doentes apresentam dificuldade para respirar, perda de peso, tosse seca e fraqueza generalizada.

Confira ainda nosso artigo no qual listamos uma série de nomes para vacas.

Este artigo é meramente informativo, no PeritoAnimal.com.br não temos capacidade para receitar tratamentos veterinários nem realizar nenhum tipo de diagnóstico. Sugerimos-lhe que leve o seu animal de estimação ao veterinário no caso de apresentar qualquer tipo de condição ou mal-estar.

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