Causas da alopecia psicogênica felina

Causas da alopecia psicogênica felina

A alopecia psicogênica em gatos é um transtorno mental, na maioria dos casos transitória, que os felinos submetidos a episódios estressantes sofrem. Existem diversos graus de afetação que vão desde os casos leves aos muito graves. Este comportamento anormal pode ocorrer em qualquer tipo de raça felina. No entanto, são mais propensos a sofrer dela os gatos mais "emocionais", ou seja os pets que precisam de mais afeto por parte das famílias com quem vivem.

Continue lendo este artigo do PeritoAnimal em que lhe vamos explicar as causas mais comuns que provocam a alopecia psicogênica felina e as formas de a tratar.

Por tédio

O tédio é uma das causas mais comuns que provoca alopecia psicogênica nos gatos. Os gatos higienizam-se com lambidas com a sua língua. Este órgão bucal é áspero e abrasivo e, se o felino se exceder na sua higiene, vai acabar por arrancar o pelo em vez de arrastar apenas o pelo morto do seu pelo. Este tipo de comportamento é frequente quando os gatos estão demasiado tempo sozinhos em casa. Sem companhia humana, sem outros pet com os quais possam interagir, e sem brinquedos para se entreterem, muitos gatos lambem-se compulsivamente. Não encontram nenhuma outra atividade melhor para passar as intermináveis horas de solidão.

Se observar este comportamento, o melhor remédio será proporcionar ao seu gato outro companheiro de brincadeiras, ou ensinar-lhe a jogar com brinquedos que o façam ficar entretido. Bolas macias ou ratos falsos costumam causar efeitos positivos e terminar com o problema. Caso isso não aconteça, deve consultar o veterinário.

Sente-se deslocado

Quando há nascimento em uma casa em que até àquele instante o gato era o mais pequeno da casa, muitas vezes o felino sente-se deslocado. Todas as carícias, frases carinhosas e brincadeiras que até àquele instante eram apenas para ele, da noite para o dia o bebê se converte no destinatário de preferência, como é natural.

A solução é fazer o gato compreender que aquela criatura indefesa também faz parte da sua família e que é a sua obrigação cuidar dela e defendê-la. Os gatos são muito inteligentes e a grande maioria captam e aceitam o novo papel que têm na família. Desde aquele instante o gato estará atento às necessidades do bebê e não hesitará em avisar os seus pais se vir que a criança se encontra mal.

Felizmente, as crianças crescem muito depressa e aprendem rapidamente que o gato é um excelente companheiro de brincadeira (que é algo muito diferente a ser um brinquedo). Os gatos, por sua vez, compreendem que aquele novo "animalzinho" humano ainda não se sabe comportar, e por isso de vez em quando sofrem com um puxão de cauda ou de pelo.

A chegada de intrusos

Por vezes as famílias têm a infeliz ideia, segundo o ponto de vista do gato, de adotar outro pet. Isto deixa-os inquietos, pois a maioria dos gatos têm um conceito de si mesmos bastante egocêntrico, pois consideram que tudo deve girar ao redor deles. Com isto os gatos começam a se higienizar em excesso para continuarem a ser os mais bonitos da casa e para que tudo gire ao seu redor e as coisas voltem à sua ordem natural. Mas o que acontece é que, as lambidas excessivas do seu pelo provocam manchas sem pelo e, por conseguinte, alopecia psicogênica.

A solução é apresentar ambos os pets. O que vai acontecer é que o filhote tentará brincar com o gato, sendo este geralmente recusado no início. Mas com o tempo e graças à insistência do filhote (seja um cão ou gato), o recém chegado conseguirá se conetar através do instintivo prazer pela brincadeira que os gatos têm e, por fim haverá paz.

Intrusos ameaçadores

A coisa complica-se bastante quando a chegada a casa, que até então era o reino do gato, é um cachorro adulto em vez de um filhote. Esta situação é mais difícil pois na maioria das vezes ambos tentarão alcançar a supremacia, o comando hierárquico da casa. O gato considerará que os direitos de antiguidade devem prevalecer. No entanto, o cachorro não vai concordar e tentará impor o seu domínio por força bruta.

Há raças, tanto felinas como caninas, mais dispostas a aceitar intrusos e a se adaptarem a novas situações. Siameses, Ragdoll, Maine Coon são claros exemplos de felinos que aceitam sem grandes problemas os cães adultos recém chegados. No caso dos cachorros, os Golden Retriever ou o Galgo Afegão são cachorros de fácil convivência com gatos. Os gatos europeus talvez seja a raça que pior suporta conviver com um cachorro em um apartamento. Se for uma quinta é diferente, pois há espaço suficiente para ambos.

Casos graves de alopecia psicogênica em gatos

Por vezes os gatos estão tão ansiosos e estressados que não se lambem apenas em excesso, como também se esfregam contra móveis ou paredes, originando ulcerações ou petéquias. Há certas situações em que não existem causas aparentes para que o gato se sinta estressado, e no entanto isso acontece. Nestas situações deve consultar o veterinário.

Os gatos são muito sensíveis ao ambiente. Uma casa onde existam maus tratos ou uma tensão pré-divórcio, podem ajudar para o gato sofrer de episódios de alopecia psicogênica.

Outras causas

A existência de parasitas na epiderme do gato pode causar alopecia psicogênica felina. Ao coçar bruscamente as picadas pode auto lesionar-se inconscientemente. Alergias, infecções bacterianas ou micose também podem ser a causa de se coçar de forma excessiva.

A morte de um congênere pode deprimir muito os gatos, para além disso os gatos também são muito sensíveis ao desaparecimento de um ser humano da família. Os gatos adoram passar horas no colo das vós enquanto elas assistem a tv, são uma companhia mútua benéfica para ambos. Por este motivo, se aquela pessoa desaparecer porque falece ou vai para um lar, os gatos sentem muito estas ausências súbitas.

Os veterinários têm métodos e medicamentos para resolver os problemas graves de alopecia psicogênica em gatos. Com terapia de comportamento e terapia médica podem conseguir tratá-la com sucesso.

Este artigo é meramente informativo, no PeritoAnimal.com.br não temos capacidade para receitar tratamentos veterinários nem realizar nenhum tipo de diagnóstico. Sugerimos-lhe que leve o seu animal de estimação ao veterinário no caso de apresentar qualquer tipo de condição ou mal-estar.

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