Castração de cachorro fêmea: idade, procedimento e recuperação

Castração de cachorro fêmea: idade, procedimento e recuperação

A castração é o procedimento que impede que a fêmea ou o macho produzam células sexuais e se reproduzam no momento da cópula.

Se você tem uma cachorra e não quer cruzá-la com um macho para reprodução, deve saber que a castração é recomendada para prevenir certas doenças sexualmente transmissíveis e tumores hormonodependentes, além de evitar o abandono de ninhadas indesejadas.

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O que é a castração de cachorro fêmea

A castração é o procedimento que impede que o animal seja fértil na altura do ciclo reprodutivo.

Existem város tipos de castração:

  • Química: forma temporária de castração, através do recurso a fármacos, como a pílula anticoncepcional. Sendo uma opção reversível. Apesar de parecer mais vantajoso, a pílula causa desequilíbrios hormonais que, mais tarde, podem dar origem a graves problemas como tumores mamários agressivos ou pseudogestações (gravidez psicológica).
  • Cirúrgica: uma técnica irreversível, mas segura, que consiste na remoção dos órgãos reprodutores responsáveis pela produção de hormônios.

Castração de cachorro fêmea: o procedimento

Como é feita a castração de cachorro fêmea?

A castração, ou, também conhecida por esterilização, é um procedimento cirúrgico simples e irreversível utilizado na prática clínica veterinária.

A técnica mais utilizada consiste na remoção (ectomia) dos ovários (ovario) e do útero (histeria), procedimento este designado ovariohisterectomia. O animal é submetido a uma anestesia geral, para não sentir dor e é medicado para não sentir dor ou desconforto ao acordar da cirurgia. Além disso, é comum ser colocado a soro para ser nutrido, hidratado e para manter uma via aberta caso seja necessário dar medicação intravenosa durante o tempo que está sendo operado.

Procedimento

  1. Para o procedimento em si, existem diversas técnicas e posicionamentos, mas o mais comum é o animal ser colocado de abdômen para cima com os membros abertos.
  2. A incisão é feita na linha média, localizada no abdômen ventral, podendo ter até 15 centímetros de extensão, dependendo do tamanho do animal e da técnica cirúrgica do cirurgião.
  3. Após a localização dos ovários, é feita a respectiva laqueação dos vasos sanguíneos para que não ocorram hemorragias.
  4. De seguida, se realiza a remoção do útero da mesma forma.
  5. Após a remoção das estruturas, a camada muscular, de gordura e de pele são fechadas de forma a garantir que não ocorrem hérnias ou outro tipo de complicações.

Recomendações pré-cirúrgicas

Como qualquer procedimento cirúrgico que exige anestesia ou sedação, existem algumas recomendações pré-cirúrgicas a considerar:

  • Antes de tudo você deve saber que NUNCA se deve castrar o cachorro fêmea durante o cio. Quando a cadela entra em cio, é necessário aguardar que essa fase termine e só depois é que se deve castrar.
  • O animal deve realizar jejum de sólidos (alimento) de pelo menos 8h, sendo que o jejum hídrico (água) também é recomendado, mas vai variar conforme o tipo de animal, idade, intervenção cirúrgica e doenças coexistentes.
  • Idealmente devem ser feitas análises sanguíneas, para averiguar se é seguro anestesiar o animal.
  • Tricotomia (retirada dos pelos antes da cirurgia para manter a assépsia do local).
  • Limpeza e desinfeção do local com soluções antissépticas.
  • Material esterilizado.

    Castração de cachorro fêmea: idade

    Se você não tem intenções de reproduzir a cachorrinha, é recomendado castrá-la o quanto antes. As opiniões entre veterinários variam quanto à idade adequada. No entanto é recomendado:

    • Cadelas de porte pequeno, pode ser feita antes do primeiro cio ou após o primeiro cio.
    • Cadelas de porte médio/grande, se recomenda perto de um ano de idade, pois são raças que apresentam um crescimento mais lento e se desenvolvem mais tarde.

    Apesar dos riscos anestésicos e cirúrgicos serem poucos, quanto mais velha for a cadela, mais riscos vão estar associados ao procedimento e mais problemas de saúde podem existir. Além disso, quanto mais tarde se castrar, menos garantias há de evitar certos tumores, pois a influência hormonal existiu durante muitos anos.

    Por todas essas razões, se recomenda a castração de cadelas jovens.

    Castração de cachorro fêmea: vantagens

    Existem muitos benefícios associados à castração:

    • Evitar a reprodução dos animais e prevenir ninhadas indesejadas.
    • Evitar muitas doenças transmissíveis sexualmente, como o sarcoma de Sticker/TVT (tumor venéreo canino transmissível), muito comum no Brasil.
    • Prevenir infeções uterinas (como, por exemplo, as piometras - acumulações de material purulento no útero).
    • Reduzir a probabilidade da ocorrência de certos tumores hormonodependentes, como o câncer de mama. É importante salientar que não torna impossível o surgimento destes tumores, apenas reduz a probabilidade. Isto significa que eles podem surgir na mesma, mas é muito menos provável que acometa cadelas castradas do que inteiras.
    • Evitar todos os sinais clínicos consequentes da influência hormonal, como vocalizações excessivas, marcação de território, agressividade, sangramento da cadela, pseudogestações.

    Castração de cachorro fêmea: recuperação

    A recuperação depois de castração de cachorro é muito simples. Sendo uma intervenção muito comum na prática clínica, se tornou muito segura durante a cirurgia (em termos anestésicos e de assepsia) e após a mesma (recuperação), sendo que, após o crescimento do pelo, a cicatriz é quase imperceptível.

    Recomendações pós-cirúrgicas

    Geralmente, a cadela vai para casa no mesmo dia, no entanto existem alguns cuidados e recomendações que o tutor deve saber:

    • Não se assuste se cadela vomitar ou ainda apresentar um caminhar estranho ou cambaleante, é o efeito da anestesia.
    • No próprio dia, evite dar grandes quantidades de alimento e água. No dia seguinte ela pode retomar os seus hábitos normais de alimentação.
    • A fêmea costuma levar um penso na região da cicatriz junto com um fato pós-cirúrgico. Esteja atento/a se notar algum tipo de sujidade ou perda de sangue através do tecido.
    • Garanta que a cadela não vai coçar ou a zona da sutura. Se for necessário, coloque um colar elizabetano.
    • Evite que a cadela faça esforços e atividade física intensa, faça passeios curtos.
    • Não remova a roupinha até indicação do veterinário.
    • Siga corretamente as instruções para a desinfeção do local da sutura e da medicação oral fornecidas pelo seu veterinário. Nunca, mas nunca, termine o tratamento antes da data indicada ou o prolongue em demasia.
    • Os pontos podem ser internos (e não ser necessário retirar) ou externos (e ser necessário retirar). Caso sejam externos, podem ser removidos pelo veterinário a partir dos 8 dias.

    No vídeo seguinte, explicamos como fazer um colar elizabetano caseiro para cachorros e gatos:

    Este artigo é meramente informativo, no PeritoAnimal.com.br não temos capacidade para receitar tratamentos veterinários nem realizar nenhum tipo de diagnóstico. Sugerimos-lhe que leve o seu animal de estimação ao veterinário no caso de apresentar qualquer tipo de condição ou mal-estar.

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