Cachorro muito grudento: o que pode ser?

Alguns cães podem ficar mais “grudados” em seus tutores quando estão com medo ou com algum problema de saúde. Uma relação muito próxima entre o tutor e seu cachorro pode desencadear mudanças e problemas comportamentais no animal, como ansiedade, medo, automutilação, vocalização excessiva, comportamento destrutivo, hiperapego, micção e defecação em locais inadequados, latidos excessivos e outras manifestações que podem ser exacerbadas principalmente quando separados dos tutores ou deixados sozinhos.

O hiperapego, que acontece quando falamos que o cachorro está muito “grudento” no tutor, pode ser um sintoma da Síndrome da Ansiedade por Separação, onde o animal só se sente seguro na presença de seu tutor ou de outro animal (a figura de apego não necessariamente precisa ser uma pessoa). Essa síndrome pode afetar as condições de bem-estar animal, devido à dependência emocional gerada pelo apego excessivo.

O cachorro carente vai procurar a presença do tutor ou de alguma outra figura de apego (que pode ser uma pessoa ou outro animal) o tempo todo, ficando desesperado quando fica sozinho. Ele procura afeto, fica próximo, encostando-se na pessoa e tornando-se alerta caso seu tutor mexa em algum objeto que posso significar para ele que vai ficar sozinho, como pegar as chaves de casa ou até mesmo trocar de sapatos.

Alguns cachorros tentam fugir atrás do tutor, pulando janelas e ferindo-se gravemente, sendo prudente sempre deixá-lo em locais seguros quando for sair. Perceber que o cachorro está carente e tomar as atitudes corretas para interromper isso é a melhor forma de evitar que ele comece a destruir objetos e latir excessivamente quando sozinho, o que compromete seu bem-estar e a boa relação entre tutor e pet.

A atenção dos tutores aos sinais de ansiedade do cachorro é de extrema importância para que a qualidade de vida do animal não seja comprometida. Também chamada de Síndrome da Ansiedade por Separação, esse distúrbio comportamental é bastante comum na atualidade, tendo origem em vários fatores, que podem estar relacionados ao animal, ao tutor e ao ambiente onde os cães vivem. Geralmente, os sinais ocorrem entre cinco a trinta minutos após a saída do tutor de casa e podem ser: tentativa de fuga, latidos, comportamentos destrutivos e medo de barulhos.

Cães que vivem em apartamentos e são os únicos pets da residência sofrem com maior frequência, pois ficam isolados por um grande período de tempo. O distúrbio é mais comum em cães que foram separados de suas mães cedo ou que passaram por outras experiências traumáticas. Cortar o comportamento exagerado do cachorro é difícil para o tutor, mas necessário para que o animal não desenvolva verdadeiro pânico de ficar sozinho.

Manifestações exageradas de alegria quando o tutor volta para a casa não deverão ser retribuídas. Você pode fazer um carinho nele, mas não incentive com gritos, pulos e fazendo vozes que o estimule a ficar mais eufórico ainda. Ele também precisa gastar a energia acumulada, por isso os passeios são tão importantes e devem acontecer de duas a três vezes por dia. Enriquecer o ambiente é uma maneira saudável de combater a ansiedade do cachorro. Deixe brinquedos para ele ter o que fazer enquanto estiver sozinho. O tratamento com medicamentos também é uma opção, mas deverá ser discutido com o médico veterinário.

Este artigo é meramente informativo, no PeritoAnimal.com.br não temos capacidade para receitar tratamentos veterinários nem realizar nenhum tipo de diagnóstico. Sugerimos-lhe que leve o seu animal de estimação ao veterinário no caso de apresentar qualquer tipo de condição ou mal-estar.

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