Blastoestimulina para cachorros - Usos e contraindicações

Blastoestimulina para cachorros - Usos e contraindicações

A Blastoestimulina, em sua apresentação em pomada, é um medicamento relativamente comum nos armários de remédios caseiros especialmente de quem vive na Europa, pois é utilizado na medicina humana. Na medicina veterinária, os profissionais também podem decidir usá-la, portanto, neste artigo do PeritoAnimal, falaremos, especificamente da blastoestimulina para cachorros. Explicaremos qual é sua composição, para que é utilizada nesta espécie e quais são as precauções a serem levadas em conta.

Em todo caso, é importante lembrar que os medicamentos para cachorros só podem ser receitados pelo veterinário, mesmo que sejam pomadas. Por este motivo, é muito importante consultar um profissional antes de decidir usá-lo.

O que é a Blastoestimulina?

A Blastoestimulina, que é a escolhida para os cachorros, costuma ser comercializada em formato de pomada e é vendida em países como Portugal e Espanha sem necessidade de receita. É utilizada por seu efeito cicatrizante e antibiótico graças aos seus componentes, que são:

  • Extrato de centella asiática: este ingrediente é selecionado por suas propriedades quando se trata de proteger as feridas, favorecer e acelerar sua cicatrização, bem como reduzir a inflamação associada. Também apresenta efeito antimicrobiano.
  • Sulfato de neomicina: a neomicina é um antibiótico de amplo aspecto, o que significa que é eficaz contra muitas bactérias, daí seu sucesso.

A Blastoestimulina é um produto de medicina humana que também pode ser encontrada em outras apresentações, além da pomada, que não precisa ser usada em cachorros, como na forma de spray, pó cutâneo ou óvulos vaginais. Deve-se ter em mente que são formatos com composição diferente, uma vez que spray não contém neomicina e, sim, anestésico, o pó cutâneo contém apenas centella asiática e os óvulos incorporam outros princípios ativos, como o etronidazol e o miconazol.

Por ser um medicamento de uso humano, é possível que o veterinário prescreva um produto com os mesmos ingredientes ou similares, mas de medicina veterinária, ou seja, especialmente formulado para os animais. Em conclusão, o uso de Blastoestimulina como pomada cicatrizante para cachorro deve ficar sempre a critério do médico veterinário.

Usos da Blastoestimulina para cachorros

A pomada Blastoestimulina, graças à ação de seus componentes, é frequentemente usada nos cachorros nos países europeus para o tratamento de feridas abertas que foram infectadas ou correm o risco de infecção. Mas deve-se levar em conta que uma pequena ferida em um cachorro saudável sem qualquer outro problema não exigirá pomada cicatrizante.

Úlceras, feridas, escaras, algumas queimaduras, feridas resultantes de intervenções cirúrgicas, enxertos de pele e, em geral, todas aquelas lesões que o veterinário considere, podem necessitar de um tratamento em que a Blastoestimulina será de grande utilidade. Neste outro artigo, falamos dos primeiros socorros em caso de ferimentos.

Portanto, devemos insistir em que o primeiro passo diante de uma ferida não pode ser aplicar Blastoestimulina, mesmo que a tenhamos em casa. Se a ferida é superficial ou leve, podemos tratá-la em casa, mas aparando o pelo ao seu redor, lavando-a e, por último, desinfetando-a com clorexidina ou iodo povidona. Não é necessário, nesses casos, aplicá-la como pomada cicatrizante para cachorro, pois a ferida é leve e cicatrizará por si mesma sem problemas.

Em feridas profundas, muito extensas, graves, acompanhadas de outros sinais clínicos, resultado de traumatismo ou em animais particularmente vulneráveis, não é necessário colocar a pomada diretamente, mas ir ao veterinário para que seja ele quem avalie a necessidade do tratamento com Blastoestimulina. Normalmente, a Blastoestimulina é acompanhada de outros medicamentos e tratamento, dependendo das características da ferida e da situação do cachorro.

Finalmente, não se deve esquecer que entre os componentes da pomada Blastoestimulina incluem o antibiótico neomicina e que os antibióticos nunca podem ser utilizados se não forem expressamente prescritos pelo veterinário.

Dosagem de Blastoestimulina para cachorros

A Blastoestimulina é para uso tópico, ou seja, deve ser aplicada diretamente sobre a ferida e apenas em uma pequena quantidade. Antes a ferida deve ser bem limpa. O veterinário nos indicará como e com que frequência a ferida deve ser tratada e se é necessário ou não manter a ferida coberta com um curativo.

Da mesma forma, deve-se respeitar o tempo de tratamento marcado por este profissional e o número de vezes ao dia que ele recomenda a aplicação da Blastoestimulina, que variam entre uma e três do cicatrizante para cachorro. Se observarmos que a ferida melhora antes disso, teremos que informar o veterinário para saber se é possível concluir o tratamento. Por outro lado, se a ferida não melhorar após o tempo marcado, também é necessário entrar em contato com o veterinário caso seja necessário reconsiderar a situação.

Contraindicações da Blastoestimulina para cachorros

Uma vez que ficou claro que a Blastoestimulina só pode ser prescrita pelo veterinário, também devemos ter em mente que não deve ser usada em cachorros que tenham manifestado alguma reação alérgica a este medicamento, a algum de seus componentes ou suspeitamos que possam ser alérgicos a ela. Conheça os principais sintomas de alergia em cachorros neste outro artigo para aprender como identificá-los.

Da mesma forma, se ao aplicar a Blastoestimulina como pomada cicatrizante para cachorros notarmos alguma reação não desejada na área ou notarmos que o animal está especialmente inquieto, o veterinário deve ser informado antes de continuar com o tratamento para avaliar a necessidade ou não de suspender ou trocar o medicamento.

Em qualquer caso, podemos dizer que se trata de um medicamento seguro, desde que seguidas as instruções do veterinário. Seria diferente se o cachorro ingerisse a Blastoestimulina, motivo para contatar o profissional imediatamente.

Este artigo é meramente informativo, no PeritoAnimal.com.br não temos capacidade para receitar tratamentos veterinários nem realizar nenhum tipo de diagnóstico. Sugerimos-lhe que leve o seu animal de estimação ao veterinário no caso de apresentar qualquer tipo de condição ou mal-estar.

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Bibliografia
  • WHYTE OROZCO, Ana, et al. Tratamiento conservador para la resolución de lesiones cutáneas secundarias a una miasis. Clínica veterinaria de pequeños animales, 2012, vol. 32, no 3. Disponível em: <https://ddd.uab.cat/record/130190>. Acesso em 3 de junho de 2021.